O que é Runosofia?

Runosofia é interpretada a primeira vista como "Sabedoria das Runas" e versa sobre a espreita e o entendimento de uma tradição, um pouco diferente da nossa que é ocidental. Aqui falamos do que se inicia do embate entre duas forças polares: Fogo e Gelo! De um redemoinho que nasce desse encontro. Onde aos poucos reinos e seres, suas relações e consequências vão se descortinando diante do observador - sendo recebidas, mediadas e mensuradas pelas chamadas "Runas".

Outro tópico importante é que nesta tradição os sacrifícios são de si para si; algo bem diferente do que temos em nossa cultura. E se engana quem acha que isso tem algo a ver com o papo pós-moderno de só acreditar apenas em si - e outras presunções da pós-modernidade. Isso é apenas ser um sem noção. Não é tanto sobre se auto conhecer é a respeito de se entender melhor diante de um contexto, seu prado e suas tensões, algo maior do que certezas, ideias fixas e certas indulgências constantes para consigo o tempo todo. É sobre o seu lugar através da grande Árvore - alguns dirão que a Runosofia é como um mapa ou blueprint de uma estrutura, cada cabeça uma sentença.

Runosofia, parafraseando Johannes Bureus, é sobre quando a experiência de vida atravessa o mistérios na encruzilhada do próprio Destino - e a sabedoria que conquistaremos disso - seja no que se realiza tanto quanto no que não se realizou. Leia mais aqui


Por que não chamou de Runologia?

Runologia é o estudo dos alfabetos rúnicos, inscrições rúnicas e sua história. A runologia forma um ramo especializado da linguística germânica e escandinava. Como nosso foco é voltado para uma noção de espiritualidade enquanto prática e percurso, bem como da mística que vem dessas relações, preferimos Runosofia - fica mais interessante.

A Runologia é um estudo acadêmico e linguístico, que faz parte dos estudos das línguas escandinavas, seu foco é a linguística - e esta deve ser considerada e respeitada afinal também é o legado de muitos povos. Existem diversos alfabetos rúnicos através da Escandinávia e cada um tem seu uso, evolução, gramática, técnica, formato, nome e época. É preciso considerar e respeitar tudo isso.

A runologia foi iniciada por Johannes Bureus , que estava muito interessado na linguística do nórdico antigo . No entanto, ele não olhou para as runas apenas como um alfabeto, mas sim algo sagrado ou mágico.

Também existe uma runologia esotérica e está também forma uma área de conhecimento bem extenso mas pragmática e deveras independente, dialogando com outros campos do hermetismo, da alquimia, cabala, nigromancia e afins. Ela também se inicia e se organiza a partir do trabalho de Johaness Bureus e suas Adulrunas nos 1600´s em diante. Que deixou um legado genial e bastante complexo que é estudado até os dias de hoje. Inclusive você pode estudar e entender melhor tudo isso, aqui.

Quando o assunto é runologia inexiste uma autoridade exclusiva sobre o tema, existem muitos viés alguns mais estruturados e outros mais dispersos. Os acadêmicos podem não gostar muito disso, mas eles também tem suas rachas e lacunas dificilmente solucionáveis.

O que são as Runas?

Na vida como ela é, as Runas são letras (embora eu prefira pensar nelas como símbolos) usadas nas línguas germânicas e escandinavas ao norte da Europa. Por volta do 800-900 da nossa era elas alcançaram "formalmente" as ilhas britânicas e o continente europeu através dos Varrengues e dos Vikings. Foram encontradas em pergaminhos, placas metálicas, ourivesaria, artesanato, pedras rúnicas, peças de ossos e de madeira. Acredita-se que as inscrições rúnicas mais antigas datam do ano 150 da era atual também. As mais conhecidas são o Futhark Antigo (com 24 Runas) e o Futhark Novo (16 Runas) chamados assim por conta das seis primeiras letras. Elas também serviram como uma espécie de calendário que se inicia no que poderia ser nosso 23 de Junho. Acredita-se que as runas foram usadas até algum momento da idade média. Embora vale ressaltar que os povos do norte já usavam o alfabeto latino, glagolítico e cirílico nos seus livros e textos antigos desses tempos.

As runas também tem uma origem mitológica atribuída ao Deus Odin que de dependurou 9 dias ou noites na ponta de sua lança na árvore do mundo - tendo se sacrificado de si para si e durante este mergulho nas trevas, com requintes xamânicos trouxe as runas e suas forças para o seu povo e descendentes. Neste contexto as runas têm nomes/marcações significativas, sons, entoações e são usadas na poesia, na magia, nas inscrições, adivinhações e jornadas extáticas. Apreciamos este viés e seu charmoso obscurantismo - que nos remete aos prados e práticas de uma magia popular escandinava - e outros conteúdos apreciados na Runosofia.

De onde vem as Runas?

Acredita-se que as inscrições rúnicas mais antigas datam do ano 150 da era atual também. As runas mais conhecidas são o Futhark Antigo (com 24 Runas) e o Futhark Novo (16 Runas) chamados assim por conta das seis primeiras letras. Acredita-se que as runas foram usadas até algum momento da idade média. Por volta dos anos entre 800-900 da nossa era elas alcançaram "formalmente" as ilhas britânicas e o continente europeu através dos Varrengues e dos Vikings. Foram encontradas em pergaminhos, placas metálicas, ourivesaria, artesanato, pedras rúnicas, peças de ossos e de madeira. Este é um resumo da história que é bem mais complexa.

Nada passa a existir do nada, nada mesmo. Existem algumas teorias comuns que especulam sobre como elas se formaram ou chegaram a forma que conhecemos. É comum os acadêmicos falarem de algumas teorias de origem que poderiam ser Latina, Grega, Etrusca e inclusive Nórdica. Elas se baseiam na similaridade das formas entre letras e runas latinas e achados arqueológicos. Alguma coisa ai me faz especular a respeito dos cultos mitráicos nas margens dos rios Reno e Danúbio e suas dinâmicas com as tribos nos arredores. Há também que especule em outras origens menos pontuais. Eu aprecio bastante a origem mítica delas atribuídas a Odin.

Em nosso curso Adulrunas & Runosofia exploramos os conteúdos do segundo reavivar rúnico nos 1600´s que pode ser um conteúdo interessante para você.

Como Usar as Runas?

Na Runosofia fazemos uso das runas (ou somos usados por elas?) como selos, símbolos, marcadores e variáveis de um repertório muito mais amplo do que o uso oracular para as coisas da vida ou escritas monumentais ou recreativas. Elas formam e mediam um diálogo entre nossas dimensões interiores e a vastidão.

Runosofia é o entender e o dialogar como algo perene tal como a natureza e um pensar pré-moderno. Onde você tem o estudo de diversas fontes literárias, práticas de meditação, contemplação e algumas outras para se entender melhor diante de alguns fatos recorrentes da sua vida. Há portanto um estudo, um percurso e uma prática onde educamos aos interessados e interessadas neste curso. E a partir da sua prática pessoal vem uma mística e as suas descobertas.

Qual o Segredo das Runas?

Ou ainda melhorando a pergunta: Qual o Segredo das Runas para você? O que espera encontrar nas Runas que não achou em outros lugares ou fontes? Conta para mim no Telegram!

Runas, Magia, Bruxaria e o Esoterismo?

Sabemos que o uso do Runemal ou ainda das Runas como oráculos são uma prática recorrente nos dias de hoje; havendo nomes que se destacam pela prática, experiência e conjunto da obra em todo o mundo. E isso já é fantástico e saudamos a todos que vivem a sabedoria rúnica no seu cotidiano!

A partir dos anos setenta temos o chamado terceiro reavivar rúnico que prossegue até os dias de hoje aproximando as runas do neo paganismo, da bruxaria, da Wicca, do re enactement, do paganismo, do ocultismo e de outras expressões das chamadas novas espiritualidades, pela academia, que dialogam com as runas. Nosso projeto é uma delas.

E nós do site Runosofia apreciamos o convívio, o diálogo e a troca de conteúdos e conversas com as expressões deste contexto ligado as Runas - que NÃO recaem nos chamados radicalismos e extremismos do espectro político ou ainda em teorias raciais para lá de escrotas vindas do final do século XIX e propagandeadas na segunda grande guerra mundial.