espírito

Runosofia com Lord A - O projeto compila suas pesquisas, investigações, explorações práticas e estéticas ao longo de 15 anos da simbologia, do folclore, da tradição e do imaginário associado às Runas. Também reúne diálogos entre diversas fontes acadêmicas e literárias focalizando o chamado primeiro reavivar rúnico entre os séculos XVI e XVII; ao mesmo tempo que também contemplamos as fontes modernas e desenvolvidas ao longo das três últimas décadas. Dessa maneira abrindo espaço a reflexões independentes e de acesso ao público em geral através de conteúdos exclusivos expressos em nossa produção de conteúdo, cursos livres, palestras e artigos exclusivos.

Tópicos abordados em nossos conteúdos: Adulrunas, Thursatru, Trolrún/Troldom, Grimórios Escandinavos, Livros Negros, Uthark, Armanen, as dimensões sombrias das Runas em diversos sentidos e expressões, e assim como outros alfabetos chamados de rúnicos além do Elder e do Younger Futhark,

runosofia:

Runosofia é interpretada a primeira vista como "Sabedoria das Runas" e versa sobre a espreita e o entendimento de uma tradição, um pouco diferente da nossa que é ocidental. Aqui falamos do que se inicia do embate entre duas forças polares: Fogo e Gelo! De um redemoinho que nasce desse encontro. Onde aos poucos reinos e seres, suas relações e consequências vão se descortinando diante do observador - sendo recebidas, mediadas e mensuradas pelas chamadas "Runas".

Outro tópico importante é que nesta tradição os sacrifícios são de si para si; algo bem diferente do que temos em nossa cultura. E se engana quem acha que isso tem algo a ver com o papo pós-moderno de só acreditar apenas em si - e outras presunções da pós-modernidade. Isso é apenas ser um sem noção. Não é tanto sobre se auto conhecer é a respeito de se entender melhor diante de um contexto maior do que certezas, ideias fixas e certas indulgências constantes para consigo o tempo todo. É sobre o seu lugar no corcel de Odin ou através da grande Árvore - alguns dirão que é um mapa. Cada cabeça uma sentença.

É um diálogo com algo diferente da contingência oferecida em nossos tempos. É um diálogo com algo que dispensa representantes por procuração - e nada podemos oferecer em troca ou como uma barganha. Algo que nunca foi mas sempre esteve por ai - se mostrando e se expressando nas pessoas e nas coisas da vida riscando certos marcadores, suas variáveis e remetendo a um repertório que se estoca no que é perene. É claro, tudo isso pode ser taxado como um certo obscurantismo - visto que por comodidade é associado ao que não existe, tal como a "Magia".

Nesta pegada, as coisas vão um pouco além de um uso oracular das mesmas Runas para as coisas do cotidiano (amores, trabalhos, viagens, saúde e inimigos) afinal a vida nos mostra que só aconselhamos a respeito do que fizemos ou do que nos arrependemos de não termos feito. Só vemos até onde alcançamos. Na Runosofia as runas se se desvelam como marcadores, variáveis e partes de um repertório muito mais vasto, além da abstração chamada humanidade e que ainda assim dialoga e media os caminhos e percursos dessa tal de vida como ela é - em toda a sua extensão e natureza (ou quem sabe, Destino)

Não há nada maior do que a vida como ela acaba sendo para cada um. O Destino é muito mais sobre como expressamos e vivemos o que somos. Runosofia também é sobre muitas coisas, tais como sonhos lúcidos (ou não) que se organizam por afinidades; onde não são apenas escrita para monumentos ou ainda recreação, são também selos, janelas e portas que marcam nossa dimensão interior e seus enlaces com o "Outro Lado" e aonde isso pode (ou não) nos levar segundo nosso "jeitão" - ou Destino. É algo perene e que se desvela continuamente através de nossa vida.

Runosofia, parafraseando Johannes Bureus, é sobre quando a experiência de vida atravessa o mistérios na encruzilhada do próprio Destino - e a sabedoria que conquistaremos disso - seja no que se realiza tanto quanto no que não se realizou.